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 HITORIAS DE TERRO


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EXOCISMOS REAIS

                                           O Exorcista: história real...

O Exorcista
A verdade por trás da história: o caso do exorcismo de Mount Rainier, ocorrido em 1949, que inspirou o livro "O Exorcista"

A história relatada no livro de 1971, de William Peter Blatty, e recontada em filme dois anos após, com grande sucesso de público e crítica é praticamente do conhecimento de todos. O que poucos realmente sabem é que, por trás de toda a ficção do relato, há um fundo histórico verdadeiro. Segundo consta, Blatty (na época estudante da Universidade de Georgetown, em Washington, DC), leu um artigo publicado no Washington Post em 20 de agosto de 1949, relatando um exorcismo de um garoto de 14 anos ocorrido em Mount Rainier, no estado de Maryland, subúrbio de Washington, DC. É esta história real, ou pelo menos o que sabe sobre ela, que tentaremos resumir nestas linhas.

O garoto, que iremos chamar de Robert Mannheim (pois não se conhece seu verdadeiro nome), viveu uma vida normal até que sua tia Harriet morreu. Deprimido, Robert tentou contactá-la utilizando uma Mesa Ouija (no Brasil temos uma variante deste "jogo" em que se utiliza um copo, ou algo parecido, e letras desenhadas em círculos, onde supostamente os espíritos nos dão respostas), pois ele e sua tia haviam passado horas tentando contactar os mortos quando ela estava viva. Logo após, estranhos ruídos passaram a ser ouvidos na casa de Robert. Mais tarde, tudo tornou-se mais aterrador quando o garoto passou a assumir uma personalidade "demoníaca", praguejar continuamente e desenvolver cortes na pele espontaneamente. Os seus pais consultaram um médico e um psiquiatra tentando achar respostas, mas foi constatada a perfeita saúde mental e física do garoto.

Apavorados, os pais estavam convencidos que o garoto estava tomado pelo Demónio. E convencido também estava um padre quando tentou livrar o garoto do espírito conduzindo um exorcismo em um hospital local. Enquanto o padre proferia as palavras "livre-nos do mal" o garoto debateu sua mão livrando-se das correias que o prendiam e, com um pedaço solto da cama, atacou o padre, que precisou de mais de 100 pontos para o corte provocado em seu braço. Isto foi apenas uma parte do processo de 4 meses que durou de Janeiro ate Abril de 1949.

William Peter Blatty, antes de escrever seu livro, contactou o padre William Bowdern, um dos envolvidos no caso de 1949, mas o mesmo havia prometido proteger a família e recusou-se a dar qualquer detalhe do caso. Contudo, Bowdern mantinha um diário durante o ocorrido, e uma cópia deste diário, por meio do padre Walter Halloran, caiu nas mãos do escritor Thomas Allen em 1986. Allen pode ler como um equipa de padres jesuítas realizou uma série de exorcismos - rezando e borrifando o garoto com água benta durante um mês na casa de parentes do garoto e no Alexiam Brothers Hospital em Saint Louis, no estado do Missouri. A possessão de Robert acontecia à noite – ele se debatia selvagemente, praguejava e cuspia nos padres – e durava até o nascer do sol. Os cortes que apareciam no peito do garoto eram ainda mais sinistros, parecendo rabiscou ou arranhões feitos por espinhos, onde as palavras INFERNO e ÓDIO podiam ser lidas em sangue. Os padres rezavam quase continuamente em latim, pois acreditavam que isto iria apressar Cristo que iria confrontar o Diabo.

No domingo de Páscoa de 1949 – depois de 24 noites – Robert se recuperou. Abriu seus olhos e disse, "Ele se foi". Especialistas médicos que analisaram o caso de Robert sugerem que ele poderia estar sofrendo de um ou mais dos seguintes males psicológicos:

Automatismo: acção de maneira mecânica ou involuntária, uma característica de algumas formas de esquizofrenia.
Síndrome de Gilles de La Tourette: desordem na personalidade, na qual as vítimas gritam descontroladamente, soltam grunhidos, debatem-se e usam linguagem suja ou indecente.
Desordem obsessiva e compulsiva: ataca na forma de ansiedade com pouca relevância para eventos actuais, ou denota extrema urgência de realizar actos não necessários ou irrelevantes.

Os médicos que examinaram Robert, contudo, não encontraram qualquer evidência de nenhum destes sintomas.

Allen localizou Robert, agora um homem casado com mais de 60 anos e com seus próprios filhos. Sua conclusão foi que Robert foi uma inocente vítima do horror... de um evento estranho e incompreensível, cujas raízes culturais e psicológicas são mais profundas que as do cristianismo.

O cristianismo deste século tem uma atitude dividida em relação ao exorcismo. Por um lado tem mantido distância de sua prática trabalhando mais próximos a psiquiatras e médicos e autorizando estudos para lançar luz sobre o fenómeno. Por outro lado, a Igreja Católica tem encoberto a prática com um manto de silêncio, apesar do facto de que o Papa João Paulo II confirmadamente exorcizou uma jovem garota em 1982. O padre Gabrielle Amorth é um dos poucos exorcistas preparados para discutir seu trabalho. Atualmente em Roma, o padre diz ter realizado 50.000 exorcismos, mas acha que somente 84 foram genuínas possessões. Ele diz que os sintomas incluem uma pessoa tornar-se extremamente forte, xenolalia (falar em uma língua estrangeira desconhecida à vítima) e revelar segredos sobre as pessoas.

Um relatório sobre exorcismo foi compilado pela Igreja da Inglaterra em 1972 por uma comissão que incluía representantes católicos e um consultor psiquiatra. Apesar de o relatório pretender desbancar as possessões, acabou endossando o exorcismo de lugares, dizendo que "a interferência demoníaca... é comum em lugares não consagrados... assim como em conexão com sessões espíritas".

Exorcismos de pessoas, contudo, eram "extremamente duvidosos". De acordo com o relatório, aqueles que se acham possuídos deveriam procurar um médico e chamar um padre somente como último recurso. O cânone dominicano Walker, de Brighton, coordena o Grupo de Estudos do Exorcismo Cristão. Ele é um conselheiro experiente no que se refere ao exorcismo, mas consegue lembrar de somente 7 casos genuínos durante sua vida religiosa. "Normalmente, tudo que é preciso são conselhos e rezas". Ele acredita que alguns clérigos podem plantar a ideia de possessão demoníaca na mente dos que vêm para um consulta.

Outros casos e alguns perigos
Tal como o caso de Michael Taylor, de Ossett, no estado de Workshire. Em 6 de Outubro de 1974, Taylor assassinou sua mulher dilacerando seu rosto com suas próprias mãos. Taylor havia passado por sessões de exorcismo. Padre Peter Vincent, de Saint Thomas Gawber, próximo à Barnsley, conduziu o exorcismo, ajudado por um pastor metodista e sua esposa. Eles exorcizaram Taylor de 40 demónios, excepto um - assassino. Taylor foi declarado inocente do assassinato por razões de insanidade. Escapou da prisão, mas foi sentenciado pelo juiz, Sr. Justice Caufield, a internação hospitalar. Seu advogado culpou um grupo... "que alimentou neuroses à um neurótico e em poucos dias, transformaram-no em um maníaco homicida".

Em Janeiro de 1995, uma mulher canadense de 43 anos, Ana Maria Canhoto, forçou sua neta de dois anos a beber água. Canhoto acreditava que a criança estava possuída pelo demónio e bebendo água, a criança se libertaria do espírito. Durante o exorcismo, a menina sufocou-se com o próprio vómito. Canhoto foi condenada a dois anos de prisão pelo assassinato de sua neta.

Reconhecendo tais perigos, algumas religiões estão banindo as práticas de exorcismo e substituindo-as por absolvições e bênçãos. Ao mesmo tempo, as igrejas Pentecostal e fundamentalistas, em incrível ascensão popular, atraem multidões para seus cultos de "cura", que "garantem" libertação imediata do demónio. Os críticos mantém a posição de que tais ritos atraem aqueles que querem chamar a atenção para si próprios. Argumentos similares podem ser usados para explicar os casos individuais, mas não se pode levar em consideração os depoimentos de pessoas idóneas que testemunharam aterradores, e aparentemente inexplicáveis, eventos durante um exorcismo.

De acordo com Thomas Allen, o diário do padre Thomas Bowdern do caso de 1949, lista 9 padres jesuítas que testemunharam Robert sendo possuído. Allen também descobriu um relatório da Igreja sobre exorcismo que foi assinado por 48 testemunhas. O Documentário Brian Kelly, natural de Washington, DC, cresceu em Georgetown, vizinhança onde parte do filme "O Exorcista" foram gravadas e se diz fascinado pela história. "Eu cresci com isso e temendo isso. Eu sempre ouvi que era baseado numa história de um garoto real. Isso me assustava. É terrível. Isso viveu comigo por um longo tempo. Por eu temer a história, tentei aprender mais", diz Brian, que produziu o documentário "In The Grip Of Evil", que conta a história da possessão ocorrida em Mount Rainier, MD, em 1949.

Mistérios
Duas questões devem permanecer um mistério para a maioria das pessoas. O nome do garoto e o endereço da casa em Mount Rainier onde ele morou. Segundo fontes iniciais, o endereço seria na esquina da Bunker Hill Road com 31st Street. Supostamente, após a mudança da família, a casa mostrou-se "invendável" e foi utilizada pelo Corpo de Bombeiros local como local de treinamento, não admirando ter sido queimada totalmente. Após 25 anos, a prefeitura utilizou o terreno para construir uma praça. Mas Kelly diz que isso tudo é mentira e que a casa ainda está lá. 
Pessoas têm pesquisado estas informações, mas não conseguiram, segundo Kelly, chegar perto da real identidade e localização. As pessoas da vizinhança em Mount Rainier, que viviam lá em 1949, geralmente não querem falar sobre o caso. Para finalizar este resumo, ficamos com as palavra do padre Halloran, que forneceu o diário à Thomas Allen, lembrando-se de uma conversa com o padre na época do ocorrido. "Eles (a Igreja) nunca irão admitir se foi ou não foi um genuíno exorcismo", diz Bowdern, concluindo: "mas, você e eu sabemos. Nós estivemos lá..."

                                                               TABULEIRO DE OUIJA

Tudo começou em 1948 em uma pacata cidade chamada Hydesville, condado de Nova Iorque. Duas irmãs, Kate e Margaret Fox, contataram o espírito de um mascate que havia morrido em circunstâncias misteriosas anos passados. Logo a notícia se espalhou pela América Latina e partes da Europa. Era o nascimento do moderno Espiritismo.

Todos queriam se comunicar com os mortos. As organizações espíritas saiam para a luz, e os médiuns, a porta de comunicação com o outro lado, eram solicitados para realizar sessões espíritas. Essas pessoas, que atuavam como intermediários entre os espíritos e os seres humanos, inventaram uma variedade de maneiras interessantes de contato com o mundo dos mortos. A mesa que se movia era um deles. O médium e os participantes da reunião colocavam seus dedos levemente sobre a mesa e esperavam o contato espiritual. De repente, a mesa se inclinava e se movia, batendo no chão, tão freqüentemente e dando o número de batidas da letra do alfabeto que queria comunicar. Dessa maneira, a misteriosa força que movia a mesa, ia soletrando as palavras uma a uma.

 

Outra forma mais silenciosa era a da escrita automática, conhecida como psicografia. O médium se concentrava para manter o contato com a vida espiritual e, quando conseguia, começava a escrever em papel de forma descontrolada, exibindo mensagens. A caneta só tinha que ser apoiada sobre a mão do médium e o espírito tomava o controle da escrita.

 

Uma variante engenhosa, mas que com o tempo foi cada vez menos utilizada, consistia em colocar na base de uma pequena prancha de madeira em forma de coração, duas suaves guias na parte mais larga, e um lápis na ponta, o que seria o terceiro apoio dessa guia, permitindo rodar e escrever a mensagem em uma folha de papel. Porém, escrever com essa prancheta era um desafio – apenas se manteria o instrumento centrado no papel o tempo suficiente para obter uma mensagem decifrável. Por isso muitos médiuns preferiram transmitir a voz do outro mundo através de um estado alterado de consciência, ou seja, entrando em transe.

E assim foram surgindo diversos instrumentos para manter o contato com o mundo espiritual, muito embora a maioria carecesse de eficácia, sobrava imaginação. Apesar disso tudo, as empresas de brinquedos aproveitaram a oportunidade de trazer esses produtos para o mercado, alcançando grande popularidade nos Estados Unidos e Europa, a tal ponto que em 1886 um novo tabuleiro com as letras do alfabeto e números, deixou todos os demais em segundo plano. Chamaram-no de “tabuleiro falante.”

Um jornal da Califórnia publicou um artigo que dizia algo como:

“Um tabuleiro que fala misteriosamente… Não há nenhum nome para defini-lo. Porém eu tenho visto e ouvido coisas maravilhosas, coisas que estão além da compreensão humana. Mas o que é esse tabuleiro? Ele pode ser retangular, com tamanho de umas 18 ou 20 polegadas. E nele está escrito um “sim” e um “não” para iniciar a conversa. Algumas palavras de saudação, letras do alfabeto. E qualquer um pode usá-lo. Tome o tabuleiro em seu colo, outra pessoa da mesma maneira se senta na sua frente e ambos colocam sobre o indicador o dedo polegar. Então se faz a primeira pergunta, como, por exemplo, “alguém quer falar com a gente? E logo você acha que a outra pessoa está empurrando o indicador. E ele pensa que é você. Mas, o indicador se move sozinho para sim ou para o não. Então, se for para o sim você decidiu quais perguntas fazer e as respostas vão sendo mostradas, uma letra após a outra. ”

Era assombroso e sua fama se espalhou como fogo em toda a América e Europa. O novo tabuleiro era simples, não requeria nenhuma habilidade especial dos participantes. Quando o indicador se movia por si mesmo, era fascinante, não importava o que ele dissera, o fato era misterioso por si só e cheio de encanto.

Foi Charles Kennard quem chamou o tabuleiro de Ouija. A origem do seu nome não se sabe muito bem, diz-se vir de uma antiga palavra egípcia que significa boa sorte. Mas é mais provável que o nome venha do nome da cidade marroquina Oujda.

Mas foi William Fuld, quem entrou para a história como o pai do tabuleiro Ouija. As empresas de Fuld elaboraram truques de marketing para reinventar a história da Ouija, inclusive até dizendo que foi o inventor e que seu nome era a fusão entre a palavra francesa “oui”, que significa, sim, com a palavra alemã “ja” com o mesmo significado. Também disse outras coisas tão improváveis que o povo tomou a Ouija como diversão, como qualquer outro jogo. Fuld dirigiu a companhia durante 25 anos e, em fevereiro de 1965, subiu para o telhado de sua fábrica na Rua Harford, em Baltimore, para supervisionar o transporte de algumas mercadorias. Uma madeira do teto cedeu e Fuld caiu, encontrando a morte.

A partir de então começam a produzir Ouijas com muitas variações e desenhos, inclusive fazia-se tabuleiros em edições especiais e de alta qualidade, para colecionadores.

As imitações adotaram nomes variados, como “o mensageiro sem fio”, ou “o tabuleiro falante”, inundando as lojas com uma grande variedade de desenhos. Os mais valiosos eram aqueles de estilo egípcio, chamados de tabuleiros místicos. Todos queriam ter um, e era difícil a casa que não tinha um tabuleiro Ouija – os fabricantes enganavam as pessoas dizendo que o tabuleiro falante era um jogo e que, com ele, ninguém ficaria entediado. Hoje, como no passado, existem empresas que produzem variantes interessantes dos tabuleiros falantes. Muitos têm desenhos luminosos, os quais tentam esconder o grande cuidado que se deve ser com esse tipo de coisa que até hoje não sabemos muito bem como funciona.

E você, tem medo do tabuleiro Ouija

AE GALERA NAO MECHAM COM ESTE TABULEIRO ELE E PERIGOSO

 

                          QUANDO O DEMÔNIO VIRA ASTRO DE CINEMA

O tinhoso está de volta às telas depois de quatro anos de relançamento (2000) do primeiro filme que deu origem a série "O Exorcista" (1973). 

Com "O Exorcista - o Início", (1) o diretor Paul Schrader procura perpetuar a fama da mais tenebrosa história de terror do cinema: a da menina Regan de 12 anos cujo corpo foi possuído por um demônio. O primeiro filme ficou tão famoso que figura entre os 54 filmes mais famosos do mundo e tem até fã clube.

Cabe aqui uma pergunta: qual o segredo que está por trás de tanto sucesso quando se trata de filmes de terror com a invocação de demônios? Porque ao invés de rejeitar tais filmes que por vezes exaltam as forças das trevas as pessoas os admiram?

Segundo alguns especialistas a predileção por este tipo de entretenimento encontra sua razão nas necessidades psicológicas e emocionais latentes na mente humana de querer extravasar suas neuroses. Outros, porém, como os neurologistas, procuram explicações do ponto de vista biológico. Afirmam que o fenômeno está associado a um conjunto de estruturas nervosas que ativa o chamado "sistema de recompensa" responsável pelo prazer após intenso estresse causado pelo pânico. Isso geraria um tipo de bem estar ao final da euforia.

Não obstante, é enganoso levar em conta somente fatores naturais quando se sabe que o protagonista desse contexto é quase sempre o príncipe das potestades do ar, as forças espirituais da maldade. Logo não seria nada inconveniente ver nas palavras dos apóstolos quando dizem que o mundo jaz no maligno e este lhes cegou o entendimento uma explicação possível e necessária para o caso. (I Jo. 5.19;II Co. 4.4)

Mas seja como for, o fato é que desde épocas imemoráveis a presença do demônio sempre mexeu com o imaginário popular. 

Isto porque as forças do sobrenatural exercem um fascínio mórbido sobre a curiosidade humana. O medo do que não se pode ver e do misterioso causa um controle quase hipnótico em alguns indivíduos.


O EXORCISMO NOS POVOS PRIMITIVOS

Um demônio pode possuir uma pessoa? Ou seria ignorância acreditar em possessão demoníaca hoje? Contudo a milenária Bíblia nos dá mostras de exemplos claros deste tipo de fenômeno como no caso do rei Davi que exorcizava o possesso rei Saul através de tanger sua harpa (I Sm. 16.23) e mais claramente no Novo Testamento (Mc. 7.24-30; 9.17-29).

Mas Israel não é um caso isolado; as autoridades dentro do campo das ciências humanas tais como antropólogos, sociólogos e historiadores são unânimes em atestar casos de exorcismos dentro da cultura de diversos povos primitivos como os Egípicios, babilônicos, assírios e outros que para afastarem a presença dos espíritos maus, recorriam à praticas de encantamentos, rezas, esconjuros e fetiches. 

Os adeptos do judaísmo esotérico conhecido por Cabala acreditavam na existência dos dybbykim, ou demônios, de quem o príncipe é Samael, a serpente que seduziu Eva. 

Similarmente na tradição islâmica, acreditava-se que os dijinn, ou demônios criados do fogo, eram capazes de possuir pessoas e para isso eram exorcizados em rituais violentos.

O livro apócrifo de Tobias 6:19 ; 8:2,3, conta como um anjo por nome Rafael ensina Tobias a exorcizar o demônio com o fígado de um peixe.

Na idade Média a prática do exorcismo havia se transformado em algo corriqueiro sob o comando da Igreja Católica. Não era raro ver cenas que mais pareciam shows macabros aos gritos de "exconjuro-te em nome de Cristo" por padres, enquanto aos gritos e convulsões o possuído era arremessado violentamente ao chão.

Mas para quem acha que o demônio ficou enclausurado dentro das masmorras dos tempos medievais, está enganado!

O fascínio pelo maligno tem sido resgatado através das telinhas dos cinemas. Os ataques do demo foram ficando cada vez mais impressionantes com a ajuda das modernas técnicas cinematográficas Hollywodianas. Filmes como os macabros "Estigmata", "O bebê de Rosemary", "Profecia", "Fim dos Tempos" e muitos outros figuram entre os sucessos do horror. Contudo, nenhum se igualou ao "O Exorcista".


UM FILME AMALDIÇOADO


O fato é que "O Exorcista" não ficou famoso apenas por arrecadar a melhor bilheteria da história da Warner Bros sendo o único filme de terror indicado ao Oscar de melhor filme. Os incidentes que o acompanharam permitiram que sua fama horripilante subisse ainda mais deixando tênue a linha entre o fictício e a realidade.

Quando o diretor John Boorman negou dirigir o filme por considerar a história cruel demais, ele não estava exagerando. O impacto das cenas nas salas de cinema na época foram tão fortes que muitas pessoas passavam mal e deixavam o cinema antes mesmo do filme acabar. Finalmente os cinemas de Washington proibiram a entrada de menores de 17 anos para assistir ao longa-metragem. 

Diz o ditado popular que com o demônio não se brinca. Coincidência ou não, o filme foi interrompido inúmeras vezes devido a vários acidentes misteriosos.

O primeiro grande incidente envolvendo o primeiro filme foi um incêndio no set de gravações num fim de semana quando não havia ninguém por perto. O diretor Friedkin pediu ao padre Berminghan para exorcizar o set mas o padre se negou.

Durante os 21 meses de filmagens morreram 9 pessoas ligadas diretamente ao filme e muitas outras que estavam ligadas indiretamente como parentes dos atores e funcionários da gravadora.

Em uma das cenas em que Ellen Burstyn é arremessada para longe, por sua filha com possessão demoníaca, Burstyn bateu violentamente com o coccix contra a cama se ferindo de verdade. 

No segundo filme da série o diretor John Boorman contraiu um raro vírus que obrigou a suspensão das filmagens por 5 semanas.

Em "O Exorcista - O Início" mais uma morte: a do diretor John Frankenheimer, que abandonou o projeto um mês antes de falecer. 

O que diríamos sobre tais incidentes: que foi coincidência? Maldição? Fraude para ganhar publicidade? Creio que ainda ninguém pode dar uma resposta satisfatória a todas estas questões, mas de uma coisa temos certeza: as pessoas que não estão debaixo das potentes mãos de Deus e cobertas com o sangue de Jesus são presas fáceis nas mãos dos espíritos das trevas.

Estava errado Tomás de Aquino quando dizia que apenas "a força de vontade e o intelecto humano eram a proteção contra a possessão demoníaca".Não. Somente revestido das armas espirituais poderemos vencer o maligno. (Ef. 6.12)

Para os verdadeiros cristãos a Bíblia deixa a seguinte promessa: 
"...aquele que nasceu de Deus, o Maligno não lhe toca." (I Jo. 5.18)


A HISTÓRIA POR TRÁS DA HISTÓRIA

O que muitos não sabem é que a história contada no filme em 1973 é uma adaptação do livro de William Peter Blatty (diretor de "O Exorcista III") publicado dois anos antes, que por sua vez foi baseado numa história real. Blatty quando ainda universitário, leu um artigo publicado no Washington Post em 20 de agosto de 1949, relatando um exorcismo de um garoto de 14 anos ocorrido em Mount Rainier, no estado de Maryland, subúrbio de Washington.

Segundo suas pesquisas o garoto começou a manifestar sinais de possessão quando tentou comunicar com sua falecida tia através da mesa de Ouija.(2) 
O garoto a partir daí começou a manifestar uma personalidade nefasta, agindo violentamente e falando palavrões; também segundo relatos ocorreram cortes de sangue em seu corpo onde apareciam as palavras, inferno e ódio. Alguns padres foram chamados para exorcizar o demônio, mas não obtiveram sucesso a não ser depois de um mês. Este é o fundo histórico por trás da ficção no qual podemos ver como as práticas espíritas abrem as portas para os demônios se apossarem das pessoas.

Há milênios antes de Cristo Deus já advertia ao seu povo para não se contaminar com práticas ocultistas como por exemplo a invocação de mortos:
"nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos" (Deut. 18.11)

Toda prática espírita mesmo que seja aparentemente inofensiva como um simples "jogo do copo" é perigosa. 


A IGREJA CATÓLICA E O EXORCISMO 


O Papa João Paulo VI afirmou em 1972: "Nós sabemos que espíritos perturbadores existem e que agem com astúcia traiçoeira."

O exorcismo é sem dúvida uma das práticas mais conhecidas da igreja católica.

A palavra "exorcismo" vem do grego "exousia", que significa "rejeitar".
É o ato pelo qual se expele o demônio da pessoa ou lugares através de fórmulas, água benta, sal, esconjuros, crucifixos etc...

Com o passar do tempo o exorcismo foi se institucionalizando a ponto de ser criado um conjunto de regras para praticá-lo. O Rituale romanum reuniu diversos ritos de exorcismos para situações variadas. (3)

Há até clérigos especializados neste ritual como é o caso do padre Gabrielle Amorth que diz ter praticado 50.000 exorcismos.

Apesar da igreja atualmente enxergar com reservas esta prática, recorrendo às ciências humanas como a psiquiatria para explicar o fenômeno, o papa João Paulo II alega ter exorcizado uma jovem garota em 1982.


O OUTRO LADO DA MESMA MOEDA

Apesar desta tradição ainda fazer parte da doutrina católica atual, hoje porém, um número cada vez mais crescente de padres estão se envolvendo com a chamada parapsicologia, buscando explicações psicológicas ou parapsicológicas para as manifestações demoníacas. Um desses nomes é o Jesuíta padre Oscar G. Quevedo que já escreveu dezenas de livros sobre o assunto e é fundador do Centro Latino-Americano de Parapsicologia.

Em um de seus livros "Antes que os Demônios Voltem", ele não só entra em choque com as declarações do Ritual Romano da sua igreja, mas vai além, dizendo que as próprias possessões encontradas na Bíblia não passavam de fenômenos parapsicológicos. Em outro livro comentando o caso do possesso de Gadara (Marcos 5.1-17) ele chega às raias do absurdo ao declarar que "torna-se difícil dar ao caso uma explicação demoniológica, ao passo que, numa explicação parapsicológica, o fato se torna bem claro". 

A verdade é que tais declarações são perigosas. Elas não só sugerem que as narrativas bíblicas são falsas, como de quebra coloca em dúvida o próprio caráter de Cristo, pois se Jesus sabia (pressupondo sua onisciência) que aquilo não passava de uma histeria psicológica, fruto da mente doentia daquele homem, ele enganou o povo e seus próprios discípulos ao doar o mesmo poder para fazer algo que não funcionava (Marcos 16.17). Assim Jesus fica na mesma categoria dos charlatões e fraudulentos de hoje em dia. Por outro lado se Jesus desconhecia o fenômeno e o ensinou como possessão demoníaca ele não só foi vítima de sua própria ignorância como levou muitos ao erro. Desta maneira a Bíblia não é mais digna de crédito, pois ensina fábulas em lugar de verdade. Coisas que na verdade não funcionam, pois não há demônio algum para se expulsar! 


O EXORCISMO FUNCIONA?


Quando lidamos com as forças do mal temos de ter em mente o seguinte pressuposto: o diabo é o pai da mentira! (Jo. 8.44)

Sendo assim, ele pode enganar sutilmente aqueles que não possuem discernimento bíblico para lidar com a questão.

Jesus deixou claro que o único veículo utilizado para expulsar demônios era o seu nome (Marcos 16.17). Ritos para expulsar demônios se tornam ineficazes quando não há verdadeira conversão (Atos 19.13-17). Nenhuma recomendação há em todo o NT sobre preces, sortilégios e conjurações; apenas somos incentivados a fiarmos em seu poder usando seu nome (Lucas 10.17). 

Embora muitos alegam ter expelido o demônio através de tais práticas é bom lembrar que isto não é garantia de que a pessoa é de fato de Deus (Mateus 7.22-23). 


EXPULSÃO DE DEMONIOS NÃO É SHOW


Não devemos dar lugar ao diabo (Ef. 4.27). Nem mesmo na hora de combatê-lo. Devemos ter em mente que estamos lidando com seres inteligentes que maquinam o mal (Ef. 6.11).

É digno de nota também que não devemos fazer da expulsão alarido, chamando a atenção para a pessoa possuída. O espírito mal deseja justamente isso, humilhar o ser humano.

Por isso não é correto conversar com demônios, ou fazer com que as pessoas se arrastem de um lado para o outro demonstrando autoridade sob o espírito maligno. Isto na verdade está servindo aos propósitos dele, pois ao invés de estes atos demonstrarem autoridade sob o demônio eles acabam causando dores e escoriações no corpo do possesso.

Devemos tomar cuidado para ao invés de combate-lo não acabar cooperando com ele.


CONCLUSÃO


Sabemos que o diabo e seus anjos existem e as possessões são reais. Não exatamente como aparecem no filme, mas acontecem. No entanto, há aqueles que vêem demônios em tudo e por outro lado existem aqueles que negam qualquer ação demoníaca sobre os homens. Devemos então traçar uma linha de equilíbrio sobre a questão, o extremismo é prejudicial para ambos os lados.
Também devemos reconhecer que muitos casos aceitos como possessão não passam de distúrbios mentais, doenças psíquicas, por isso precisamos ter discernimento espiritual para agirmos de modo correto, distinguindo um do outro.

Vamos fazer uso das armas que Deus nos deu para combatermos as potestades do mal e resisti-las no dia mal. Uma dessas armas é o nome de Jesus. Somente uma pessoa verdadeiramente convertida poderá obter sucesso nessa luta, pois fiel é quem prometeu: em meu nome expulsaram demônios! (Marcos 16.17)